No mês de junho são realizadas duas importantes campanhas: a Junho Vermelho, que tem como objetivo incentivar a doação de sangue, e a Junho Laranja, dedicada à conscientização sobre a anemia e a leucemia. As duas campanhas abordam um tema muito importante, a doação. Elas merecem lugar de destaque no nosso calendário, pois estão relacionadas à solidariedade e cuidados com a saúde do sangue, elemento insubstituível e fundamental para a vida. Podemos dizer, inclusive, que as duas campanhas estão interligadas.
JUNHO VERMELHO: campanha de conscientização sobre a doação de sangue. Um gesto simples que salva até 4 vidas, em apenas uma doação.
No dia 14 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue. Data definida pela OMS – Organização Mundial da Saúde, em homenagem ao nascimento do imunologista Karl Landsteiner, responsável por descobrir os tipos sanguíneos. Por isso, o mês foi escolhido para simbolizar a campanha.
Diariamente centenas de pessoas necessitam de transfusão de sangue por diferentes motivos. Assim, a doação pode salvar a vida de pessoas em casos de cirurgias, transplantes, situações de urgência e emergência, no tratamento de doenças como anemia e leucemia, além de manter os bancos de sangue abastecidos.
Para ser um doador de sangue, basta procurar um Hemocentro, lá você tem acesso a todas as informações necessárias, pode tirar todas as dúvidas e verificar se pode ou não ser um doador, pois passará por uma triagem e análise clínica.
JUNHO LARANJA: mês da conscientização sobre anemia e leucemia
A campanha do mês de junho dirige-se à informação e prevenção sobre a saúde do sangue, além de alertar sobre a importância da transfusão de sangue, o mês também traz em destaque duas das condições mais frequentes relacionadas ao sistema sanguíneo: a anemia e a leucemia. A anemia, apesar de muito frequente, ainda continua sendo um tema que traz muitas dúvidas à população. Já no caso da leucemia, ainda que menos frequente, também merece destaque por se tratar do principal câncer maligno da infância.
A anemia é caracterizada pela diminuição da hemoglobina no sangue, causando a dificuldade no transporte de oxigênio pelo corpo. Essa deficiência tem como principais causadores a carência de nutrientes essenciais, como ferro, zinco, vitamina B12, ou a decorrência de doenças infecciosas, como HIV, tuberculose etc.
Os sinais e sintomas da anemia variam de acordo com a intensidade do comprometimento de cada paciente e da doença que está por trás de cada caso. Em geral, uma pessoa “anêmica” pode apresentar um conjunto de sintomas que refletem a baixa quantidade disponível de glóbulos vermelhos na circulação sanguínea, configurando a chamada síndrome anêmica: fadiga, falta de ar aos esforços e/ou em repouso, palpitações, claudicação, sonolência e confusão mental.
De maneira bem simplista, podemos definir a leucemia como um câncer que ocorre no sangue, causado pela produção descontrolada de glóbulos brancos pela medula óssea. Essas células sanguíneas sofrem uma mutação e passam a atuar de maneira defeituosa, substituindo as células saudáveis. A leucemia é o câncer mais frequente em crianças e um dos mais comuns no mundo, com uma estimativa de 10.180 novos casos no Brasil em 2020 (dados do Instituto Nacional de Câncer – INCA).
Alguns sintomas mais comuns da leucemia são: cansaço, fraqueza, perda de peso, sangramentos, manchas roxas na pele, anemia. Não há como prevenir a leucemia a fim de evitá-la, pois ela ainda é de origem desconhecida, ou seja, ainda não foram identificados quais os fatores de risco para o desenvolvimento da doença.
É importante ficar atento, pois, muitas vezes, os sintomas da leucemia são confundidos com os da anemia. Aliás, a anemia pode inclusive ser um sintoma da leucemia, mas há um comprometimento mais evidente relativo à redução dos glóbulos brancos, levando a uma maior suscetibilidade a infecções frequentes, febre, gânglios linfáticos inchados (“ínguas”), perda de peso sem motivo aparente, desconforto abdominal (geralmente, pelo aumento do baço e fígado), dores nos ossos e nas articulações, entre outros.
Por se tratar de um câncer, a detecção em sua fase inicial é fundamental para que haja uma maior chance de tratamento. Após a confirmação diagnóstica, diversas modalidades terapêuticas podem ser empregadas de acordo com os aspectos clínicos do paciente (idade, presença de outras doenças, capacidade de tolerar a terapia) e do subtipo da leucemia. O transplante de medula óssea não está indicado em todos os casos, mas pode ser necessário, bem como a quimioterapia, imunoterapia, entre outros.
Em termos gerais, a medula óssea é o tecido líquido encontrado no interior dos ossos, responsável por produzir células sanguíneas. Com o transplante, ocorre a substituição das células doentes para que a medula se reconstitua de forma saudável.
Para ser um doador de medula, é necessário fazer um cadastro de doador, que fará parte do Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea). Seus dados e informações genéticas ficarão disponíveis e quando houver um paciente compatível, você será consultado para decidir quanto à doação. Vá a um Hemocentro e informe-se.
Assessoria do MPC.